terça-feira, março 02, 2010
Sinto
Aqui dentro é o deserto. Estou longe e estou perto. Deitado na cama acordado, sinto que o mundo se perde e fico cansado.
Que estou e estou mesmo de tudo o que sinto, do que digo para dentro; se não digo, rebento.
Dorido, mordido, pés hirtos. Mãos doridas de agarrar as cordas. Volto sempre ao mar mesmo se tu não voltas.
Redondo no fim, fechado em mim, durmo um favor de umas horas parado. E estou cansado.
Levanto-me vezes sem conta; mais uma palavra que me atormenta e que me afronta. Mais uma palavra que me agride. Se não disser não conta. Se a sentir só eu não chega a ninguém. Morre e vai para o céu.
Fica quieta a brilhar, uma estrela a passar, uma onda sentida. Mais um dia. É a vida.
E quando me repito fico aflito. Quando me encontro fico tonto. Quando te vejo é o desejo. Quanto te toco.
De memória:
A tentar pôr a escrita em dia,
Desabafos
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3 comentários:
Supongo que editarás un librito con lo que escribes. Supongo que no lo dejarás únicamente colgado en la red, que harás algo "palpable". Cuando lo hagas, quiero saber el nombre. Yo compraré varios, uno para mí, otros para regalar...
Onde uns sentem o deserto, outros vêem um oásis. Como este espaço. Um oásis em que apetece ficar.
"Volto sempre ao mar mesmo se tu não voltas". Perfeito.
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