quinta-feira, fevereiro 22, 2007

(já estava quase a rebentar e tinha que pôr isto no papel)


Depois dos dias primeiros, aproxima-se agora a passos largos o momento de voltar ao trabalho.
E não me apetece. Não me apetece.
Não queria voltar às rotinas, aos projectos, às pessoas. Queria ficar para sempre aqui com o meu filho, com a minha filha e com a mulher que deu vida a isto tudo.
Não me apetecia voltar às reuniões, aos projectos, aos tempos de cumprir, aos prazos apertados, aos caprichos de quem manda.
Não me apetecia voltar ao computador do escritório, ao meu gabinete, ao telefone com 2 linhas. Não me apetecia voltar às mesmas vozes, aos mesmos corredores, às mesmas luzes.
E verdade seja dita, gosto disso tudo – de umas coisas mais do que outras.
Mas voltar a entrar no carro de manhã e voltar ao fim do dia, logo agora que o gajinho pequenino há-de começar com os sorrisos, com os olhares, com as expressões, com tudo. Logo agora que há-de começar a dormir menos e estar mais e mais tempo acordado. Logo agora que há-de começar a virar-se, a descobrir o mundinho cá de casa e o da rua quando estiver menos frio.
Raios partam esta coisa de ter que trabalhar.
Vou fazer tudo muito bem e muito depressa para voltar assim que possa. Ai vou vou.