terça-feira, dezembro 05, 2006

Já tinha saudades de vir aqui

Já lá iam uns dias grandes como o vento que tem soprado. Já as velas enfunavam rumo ao frio mais frio e eu sem escrever.
Foi uma semana proibida. Difícil. Um documento – o documento – com prazo intransponível, inadiável. Com os tempos de produção a esmagarem os dias do princípio e do fim uns contra os outros.
Por fim lá saiu. E está bonito até.
Na cabeça de sempre as ideias do costume. A pim, o pingente que aí vem, a mãe dos dois, o mar de manhã e à noite. O Chiado à chuva e ao sol. O Natal de T-shirt no corpo.
E ao mesmo tempo, tantos marcos importantes. O primeiro trabalho para a escola no papel de “pai”. As palavras e as frases novas como “vamos fazê uma ideia” ou o “vamos fazê achim ‘tá bem?”.
O articular de novas expressões é diário.
Os raciocínios são novos sobre coisas simples que naquela cabeça pequenina parecem fazer tanto e sempre sentido.
A cama nova grande. O descobrir do espaço. O vou domi’ antes de jantar com um livro na mão para v(l)er na cama. Os puz’es cada vez menos complicados de levar até ao fim e eternamente os desenhos. A mão e o traço mais firmes. Mais linhas e menos rabiscos. Contornos (é a última das últimas). E as histórias inventadas, os personagens. O Rod’igo que agora é “o meu Rod’igo”.
O lobo mau – sempre ele – que arca com tanta desgraça que chego a ter pena do bicho e a achar que se calhar não é assim tão mau como isso.
E o tanto que isto vale.
Os dias vão passando assim por mim, e eu aqui, a acenar-lhes como a uma regata de horas boas, seguindo umas atrás das outras.

9 comentários:

Elora disse...

É tão bom ler-te!

Anónimo disse...

Até que enfim!

Ana disse...

Que felicidade.. =) *

Anónimo disse...

A amiga homónima agradece o gorro de Pai Natal!

RMB disse...

anonymous, posso fazer uma sugestão? que tal uma identidade? é que assim já sei com quem é que estou a falar.
quanto ao gorro, foi com prazer. tudo para ver os pequeninos sorrir. a minha não se calou a noite toda com o almoço e o gorro e o gorro e o almoço.
bjs

Anónimo disse...

Assim tem muito mais piada... E, no último post (dos 3 ou 4 que já mandei), até já dei uma pista! Não deve ser difícil chegar lá...

RMB disse...

anonymous, eu já percebi quem é - a mãe da homónima da pim pim da sala dela - mas era acima de tudo por uma questão de identificação dos comentários - quando a pim não vem ao barulho.
em todo o caso, é como quiser (em boa verdade, anonymous ou não, os comentários que recebo são sempre simpáticos).
bjs

Anónimo disse...

Ficarei assim identificada então!!!
Já agora, quando é que me descobriu? Calculo que a D. me tenha denunciado... Sim, porque depois de ter ouvido a leitura do Blog na Comercial (única vez que ouvi o programa e ainda por cima lido pelo PR, de quem sou grande fã desde sempre)fui à festinha de aniversário da minha filha e ouvi o nome Pim Pim. Fez-se luz!!! Confirmei alguns dados com a D. e ficou o mistério resolvido! Claro que contei logo à D. e, desde aí, sou visita assídua...

RMB disse...

mãe da homónima: é verdade. foi a D que a denunciou. um dia de manhã.
a minha questão em relação ao anonymous era pura curiosidade. eu sabia que uma "mãe" era leitora - assídua ainda melhor - mas não sabia quem era. com esta "mãe da homónima" é mais facil.
até um dia destes - aqui, ou na sala da D.