sexta-feira, dezembro 15, 2006
De
De amor: quero, sempre, os dois, nós, um só, quente, ainda, lembras-te?, o primeiro beijo, o primeiro olhar, o primeiro, os dias, as noites, quero-te, amo-te.
De raiva: larga-me, cala-te, deixa-me, sai, nem consigo olhar para ti, não tem graça, não tens graça, ridículo, que figura, que tristeza, que retrato tão pobre de ti próprio.
De carinho: dou-te um beijo, abraça-me com força, chega-te a mim, faço-te uma festa, olho para ti, sinto-te, pego-te na mão, dou-te a mão, guia-me, escrevo para ti.
De paixão: quente, sentes?, toca-me, toca-te, dá-me um beijo, provo-te, sinto-te, agarro, aguento, aguenta, força, suo, aquela música de Vanessa Daou, leva-me, abre a janela, puxa o lençol.
De ódio: mato-te.
São só palavras soltas de associação directa entre o cérebro e a alma. Palavras de letras pequenas, de gritos largados na noite, num dia, aqui ou em qualquer pedaço de terra. Palavras de querer dizer e não sair e ficar a sentir a explosão na boca (-9), palavras de querer sentir sem deixar a razão tomar conta de nada. Palavras. São só palavras.
De memória:
Tinha mesmo que escrever isto
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