Fiquei colado ao chão da saudade e a chorar por dentro. Olhávamos um para o outro à procura de consolo e o batata pequenino a sorrir. Senão perguntava ele perguntava-lhe eu: a mana? Onde está a mana?
A mana foi passar uma semana com os avós respondeu baixinho o pai dentro de mim. Ficou o batata e a mãe e o pai. E a mana? O sorriso doce e a corrida para os meus braços no final do dia foram para a praia. O abraço apertado e os olhos grandes foram para a praia. As brincadeiras e as argumentações foram a banhos. Uma semana inteira só a ouvi-la ao fundo nos vários Pim Reports ao telefone. Ela fez isto, disse aquilo. Fomos aqui e ali. Estão doidos os avós. Doidos de babados e felizes. Um dia com a Pim é um speed 100% natural que dá alegria como uma droga das boas. Não se pode não rir e sorrir. Não se pode não estar feliz. Não se pode deixar de sentir a casa a rebentar de tanta alegria.
Mas hoje acabou-se. Hoje, quando o sol disser adeus vou dizer Olá e apertá-la nos meus braços até um bocadinho antes de ficar roxa – disseram-me que assim era mais saudável e eu acredito.
E vão ser dois dias perfeitos. Mas só dois. Porque o tempo está bom demais para enfiar a miúda no colégio. Vai mais 2 semanas com os outros avós ainda mais para sul.
E nós – a mãe, o batata e eu – lá vamos levando os dias que teimam a demorar a passar. Que doem de lentos. Lá para dia 2 ou 3 vou apertá-la outra vez.
Ai – é o que me ocorre – ai.
Nunca pensei que o nível de suspiro por metro quadrado lá em casa pudesse atingir valores tão elevados.
2 comentários:
Quanto não vale um amor assim? Deve custar essa ausência mas assim ainda saboreias mais o doce prazer do reencontro. E já agora para te deliciares um pouco mais, dá-lhe um abraço forte por mim mas não te esqueças de dizer à princesa que fui eu que mandei.
beijinhos
Aqui também se vive em modo saudade...
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