Pungente, doente, sedento, diferente, sadio,
vadio, sem saber como ir; vingou o prazer de uma morte obscura, vence o
selvagem nesta luta que dura.
Da candura da pose, do estar sem se ver, da
firmeza do estado ao gemer sem querer.
Dos dias sofridos, dos sonhos caídos, da
tristeza que pesa ao destino que leva; de uma mão que acompanha outra mão que
se amanha e penteia o cabelo num desgrenho total, sai assim, indiferente, num
andar meio doente, num parco equilíbrio amparado por mim.
Caminhamos os dois; mão aqui, mão ali.
Vens agarrado, amparado; e eu com o cuidado que
me trouxe encostado estes anos a ti.
Vale o que te ris e não paras. Vale essa força
com que te agarras e não largas. Essa força que não é tua. São os teus músculos
que se fecham, não és tu.
Não te consigo tirar disso. Ninguém te consegue
tirar isso de cima. Olhas de lado mas de cima para baixo sou eu que te procuro.
Olha para mim a olhar para ti.
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